30 de out. de 2012
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23 de out. de 2012
22 de out. de 2012
21 de out. de 2012
18 de out. de 2012
Bastille - Flaws
"Quando todos seus defeitos e todos os meus defeitos
Quando tiverem sido exumados
Vamos ver o que precisamos deles para sermos quem somos
Sem eles estaríamos condenados"
17 de out. de 2012
15 de out. de 2012
14 de out. de 2012
Raul Seixas e Marcelo Nova - Pastor João e a Igreja Invisível
"Chegou a luz no fim do seu túnel, minha filha"
11 de out. de 2012
10 de out. de 2012
9 de out. de 2012
8 de out. de 2012
4 de out. de 2012
DUETO ENTRE META E MEIO
Meu caro, minha cara,
Dizem
por aí que o que a gente leva da vida é a
vida que a gente leva. Embora esta frase tenha se tornado um lugar comum,
ela esconde sua parcela de culpa e verdade. Não viemos com nada e nada
levaremos. Por isso, acho tão interessante observar o objetivo que cada pessoa
traça para si como meta de uma vida feliz e bem sucedida.
Devo
explicar que isso começou quando eu passei a pensar nos meus próprios desejos e
como torná-los em realidade. Neste percurso - que só deixará de ser trilhado
quando morrer, deixo isso bem claro - vi o quão extraordinárias as coisas
simples são. E o quanto também é doído percebê-las, já que nos revelam que nem
tudo pode ser alcançado.
Ao
final deste ano, andei definindo algumas metas para os seguintes. São planos em
longo prazo, que envolvem bens materiais, profissionais, mas, essencialmente,
bens pessoais. Lembranças e pessoas, para ser mais exata. Tenho por objetivo
viver experiências interessantes; mas como não pretendo me tornar uma eremita,
tenho por objetivo viver experiências sociológicas interessantes.
Explico
o porquê do termo “experiência”: porque me coloco no lugar de teste (visto que
pus-me como cobaia de minha própria vida); “sociológica”, pois não as terei
longe das pessoas, mesmo que elas não sejam os atores e atrizes principais de
determinados momentos; “interessantes”, porque preciso entender o porque daquilo
existir; por si só a curiosidade garante o interesse.
Desta
feita, o que poderia ser classificado como experiência sociológica interessante
não precisa ser obrigatoriamente um evento espetaculoso. Os pequenos momentos
encerram, em si, experiências maravilhosas. Ou simplesmente experiências.
Entrar
no mar aos três anos de idade, com roupa e tudo em pleno inverno, na praia do
Góes, foi uma das coisas mais divertidas que fiz na infância. Deve ter sido uma
experiência adorável (para mim, não para os meus pais), pois ainda hoje acho
divertidíssimo entrar na água com roupa e tudo. Capotar de bicicleta no
parquinho do Rebouças não foi tão divertido, mas merece seu lugar na história.
Levar uma surra do meu pai no auge dos meus quatro anos no meio da rua não foi
nada agradável, mas me ensinou a nunca mais a dar barraco por causa de um
motivo fútil.
Outras experiências também fazem
parte deste rol da fama: conversar
com meus pais enquanto caminhamos. Tomar sorvete na pracinha. Cozinhar. Conversar
na cozinha, enquanto cozinho. Comer. Comer chocolate. Falar palavrão. Ir a uma
super balada só para ver como é que é e depois descobrir que ela não tem nada a
ver comigo. Brigar. Regar uma planta. Fechar os olhos quando se está tomando
sol. Ficar triste. Ficar de TPM. Ficar bem. Falar besteira num boteco, sem ter
colocado nenhum pingo de bebida alcoólica na boca. Ouvir música. Ficar
apaixonada. Ser correspondida. Não ser correspondida. Ter que curar uma fossa.
Mudar de cidade, mais de uma vez.
Disso não esquecerei jamais: Santos, Mococa, Assis, Araraquara e Ribeirão Preto
têm seu lugar garantido em meu coração. Escolher permanecer em Ribeirão Preto
por tempo indeterminado - algo que vai me aterrorizar até o fim dos tempos.
Tomar decisões que não têm volta. Ouvir opiniões. Pedir conselhos. Pedir
desculpa. Segurar a raiva. Explodir. Ter diplomacia. Ser uma palhaça. Ver
filmes e discutir sobre eles. Escrever cartas. Escrever. Ter amigos. Esperar
para que o melhor aconteça. Trabalhar em prol disso. Sentir orgulho. Sentir
vergonha. Nunca sentir pena, mas se compadecer de vez em quando. Aceitar o
imprevisível. Acreditar no poder da criatividade alheia. Consertar uma burrada.
Se arrepender das coisas que fez. Dar pequenos passos para minha humanidade.
Ser uma pessoa comum. Adquirir maturidade. Adquirir leveza.
De todos os objetivos que venho
percebendo e das coisas que venho conquistando, o que mais gosto de perceber é que
venho tendo momentos onde posso parar e pensar na minha vida, sem nenhuma
obrigação de fazer desses momentos de reflexão, momentos de conclusão.
Sentar-se à janela e aproveitar a paisagem - ou perder-se nela. Esquecer as
“receitas de bolo” apregoadas nas revistas, nos livros de auto ajuda e nos
conselhos dos messiânicos consultores de vida e carreira.
Eis o que busco neste dueto entre
meta e meio, meu caro e minha cara: sentir os minutos indo embora, sem me
preocupar se foram bem ou mal aproveitados. Não ter a obrigação de ser
perfeita, de seguir modelos - ou seguir alguns, se assim eu quiser. Ter
experiências, lembranças, histórias e pessoas.
Eis o que busco. Eis onde quero ter sucesso.
Eis o que busco. Eis onde quero ter sucesso.
Ribeirão Preto, 04 de outubro de
2012
3 de out. de 2012
John Coltrane - My Favorite Things
(...)
(essa música participa da trilha sonora do filme A Noviça Rebelde, mas essa versão é bem mais legal - embora eu ache o filme uma graça)
2 de out. de 2012
1 de out. de 2012
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