A dualidade, nesses casos, só é "satisfeita" de forma muito primitiva, por intermédio do segredo ou do enigma.
Em um caso, o desejo deve ser dito a alguém em que se confia muito. No outro, deve ser dito a quem for minimamente inteligente e, mais ainda, aquele que é sensível o suficiente para identificar naquele "problema" as indicações de como ele deve ser lido de fato e, assim, "solucionado".
Nisso, a gente procura ser o "mestre dos disfarces", querendo não dar na cara, não dar bandeira, não dar a entender nada.
Tal como vasos de cristal que pensam que podem esconder seu interior apenas embaçando sua superfície.
Ribeirão Preto, 31 de maio de 2019