31 de ago. de 2019

A UMA MORDIDA DE DISTÂNCIA

Meu caro, minha cara,

Morder.

Esse foi o hexagrama que apareceu na última vez que joguei o I Ching.

I Ching... Logo eu, tão racional, tão afeita à ordem... Pois é: jogo de vez em quando.

Funciona assim: você pergunta, o I Ching responde, você quebra a cabeça para interpretar. E precisa de muito cuidado para interpretar da maneira correta, não a que reforça o que você quer ouvir.

É um oráculo sem pitonisa, um convite ao desastre...

Por isso que jogo pouco: não se pode banalizar um oráculo.

Pois bem: não vou dizer a pergunta, mas sim a resposta.

"Não progredirei até tomar uma decisão".

Só que não sei que decisão é essa. Ainda estou como um míope que não enxerga nada. Tudo está embaçado, não vejo as opções que tenho!

Ver o mar (meu carinho, mãe e amor) só serviu para me mostrar o quanto ainda estou cega e preciso de um guia.

Meu kraken ainda não pode cumprir esse papel. Até o momento ele só me deu garras, mas ainda me faltam os olhos e os dentes.

Não quero tomar decisões no escuro...

Ribeirão Preto, 31 de agosto de 2019.

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