14 de nov. de 2019

AH, GERTRUDIS!

Meu caro, minha cara.

"Do nada", lembro da seguinte cena:

Tita recebeu flores de Pedro e a mulher dele ficou putinha, mas ficou na dela.

Eram rosas brancas que foram abraçadas com um "je ne se qua" intenso.

Os espinhos feriram a Tita durante esse abraço e as gotículas de sangue que surgiram tingiram as pétalas de vermelho.

Tita foi correndo para a cozinha com o buquê e resolveu preparar codornas com pétalas de rosas para a família.

E pôs naquele prato tudo o que sentia por Pedro...

O jantar foi, no mínimo, intenso: Mamãe Elena comeu e foi para seu quarto chorar pelo antigo amante. Pedro e Tita devem ter ficado com um tesão do caralho, mas, mesmo assim, cada um na sua. A mulher de Pedro (irmã de Tita e que, para este texto não vai te nome mesmo porque eu a detesto tanto que nem tenho o trabalho de ir atrás ver qual é) ficou "indisposta". Talvez porque recalque deixe as pessoas doentes.

E teve a Gertrudis!

Irmã mais velha de Tita e também solteira, Gertrudis começa a sentir "calores". Vai para o chuveiro (que fica do lado de fora da casa), mas não adianta nada: a água que lhe cai no corpo evapora e emana uma nuvem com perfume de rosas, que é espalhada pelo vento e atinge o nariz do general revolucionário, que estava passando com seu cavalo nas redondezas.

O calor era tanto que a casinha em que ficava o chuveiro pegou fogo (era de madeira...). Gertrudis foge pelo campo, a nuvem de rosas atrás. Encontra o general revolucionário, que a puxa para seu cavalo e, no balanço do galope, lhe tira a virgindade.

O calor continua e o general revolucionário não dá conta.

E, como um bom personagem não-hipócrita que é, deixa Gertrudis num puteiro para que ela dê à vontade pra quem a quiser comer.

Só quando o calor de Gertrudis diminui é que o general revolucionário volta para buscá-la e tomá-a como esposa, companheira de cama, vida e revolução.

(...)

Não entendeu nada? Dá um Google e vá ler o livro...

Ribeirão Preto, 14 de novembro de 2019


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