2 de jan. de 2020

POBRE DA SARDINHA...

Meu caro, minha cara.

(me vejo em frente a uma tela em branco, querendo colocar letras pretas nela)

(...)

(ok... vamos lá)

Sardinha é peixe e peixe é bicho burro. Acho que tem mais instinto do que cérebro. Tem mais chances de sobreviver em grupo, mas é em grupo que se denuncia e é pega.

Morre sufocada nas redes, é estripada, limpa e vendida.

Vai para a panela, para a brasa, para o forno. E fede.

Céus! Como cheira forte, e cheiro forte nunca é coisa boa...

Tem gente que gosta de comer... Que seja, já tá morta mesmo...

E o duro é que, mesmo morta e devorada, ainda não a deixam em paz.

Pois, figurativamente falando, ela é posta num cabo de guerra imaginário, com milhões e milhões de desejosos querendo puxar a bendita da sardinha holográfica para seu lado.

(e foda-se o lado do outro)

(...)

Eu não sei porque eu entro NESSE cabo de guerra.

Não dá para, simplesmente, abrir mão?

Eu nem gosto tanto assim de sardinha...

Ribeirão Preto, 02 de janeiro de 2020.


Nenhum comentário:

Postar um comentário