Meu caro, minha cara,
Meu marido diz que, aos domingos, fico triste.
Não sei se é isso que sinto, mas, para não me alongar na conversa, eu concordo com ele.
Os domingos são dias que eu considero parados e talvez essa inércia que me "abraça" sem eu perceber.
Os sábados para mim são sagrados: dias de diversão e deleite, não importa se de manhã, tarde ou noite, dentro ou fora de casa.
Mas os domingos?...
Corro para fazer o almoço e estender a roupa, aproveitando o sol seco dessa cidade. Chego na sacada e vejo folhas caídas e o canavial embebido em mormaço.
Os domingos eram diferentes quando criança. Era o dia de ver meus primos, comer em meio a muita bagunça e depois brincar, brincar e brincar.
Mas nos mudamos para o interior e praticamente nunca mais nos vimos.
Eu cresci e casei. Virei adulta e responsável.
Não brinco mais.
Ribeirão Preto, 21 de julho de 2019.
"eu não brinco mais".... Mas deveria! É divertido manter o olhar da infância para além dela... ❤️
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