19 de jul. de 2020

MUTANTE...

Meu caro, minha cara.

Eu tenho sorte de olhar para o céu escuro e ver estrelas. Em Santos, quando tinha sorte, eu via a lua por entre as nuvens.

Nas noites em que o céu estava limpo, ele parecia apenas um pano preto refletindo as luzes dos postes, como se um pano preto refletisse alguma coisa.

Mas nos dias de céu limpo, tanto lá quanto cá, fica bom sair de casa e ver os contrastes: aqui o azul vai bem com o verde da cana, com o amarelo do milho seco, com o vermelho da terra. Lá, o azul era mais bonito que os prédios da orla, a areia preta, a água escura.

Antes do anoitecer, as cores mudam. Lá, sempre ficava laranja. Aqui, muitas vezes é rosa. E ao final, estrelas. Muitas estrelas...

Ribeirão Preto, 19 de julho de 2020.


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