21 de fev. de 2018

O QUE EU PERCEBI... ASSISTINDO QUEER EYE

Meu caro, minha cara,
Continuo assistindo a muitos seriados. Alguns por serem bobos e 'relaxarem' o cérebro, outros pelo conteúdo mesmo.
Foi dessa forma que eu me deparei com Queer Eye (a tradução literal seria 'Olhar Estranho', mas queer está mais ligado hoje a temas sobre homossexualidade, arte erótica e arte conceitual - ou seja: tudo aquilo que é estranho aos espíritos e mentes menos evoluídas).
Pois bem: queria um seriado 'bobinho' que fosse divertido e me ajudasse a passar o tempo. Quando li a sinopse, pensei: 'Cinco caras gays fazendo um reality show sobre transformação em caras héteros? Deve ser legal!'.
E apartei o play.
E percebi que este era um programa mais ligado a conteúdo do que pela diversão em si.
Para mim, ele tem servido para mostrar que podemos aprender/perceber coisas nos lugares mais inesperados. E eis aqui os meus motivos que a série me deu para escrever a respeito disso (por mais inusitado que pareça). Para o ambiente de trabalho ou para a vida, acabam sendo coisas importantes:
  • Os esteriótipos afastam. As experiências aproximam. O que define se um encontro será dominado por um ou por outro é o quão aberto os interlocutores estão para isso;
  • Assim como as mulheres, os homens também precisam de cuidados - com a própria aparência, com o próprio bem estar, com a própria saúde;
  • Ninguém é obrigado a provar nada para ninguém. No máximo, para você mesmo. Representar papéis só traz infelicidade, peso extra e doença (falo por experiência própria...);
  • Você pode fazer uma revolução externamente: mudar o cabelo, a roupa, a decoração da casa. Mas se não mudar internamente, esqueça; da mesma maneira, você pode mudar de emprego, de relacionamento, de faculdade, de dieta: se seu mindset não mudar, nada mudará;
  • Assim como as mulheres, os homens podem/devem/conseguem chorar quando precisam, seja por alegria ou por tristeza. É saudável, humano e normal;
  • A capacidade de cuidar de si mesmo, de ter tempo para si, sempre deve ser motivo de orgulho, nunca uma vergonha;
  • As coisas mais gostosas do mundo são: ter amigos, conhecer coisas novas, se apaixonar, amar e ser amado (trilha sonora da frase? 'Nature Boy', do Nat King Cole);
  • Os reality shows de transformação masculina são mais ligados na pessoa. Os reality show de transformação feminina são mais ligados aos patrocinadores. Isso é bem triste...
A gente nunca sabe quando virá o próximo insight para aquela transformação que tanto precisamos em nossas vidas. Por isso a importância em mantermos a mente e coração abertos para o novo e o antigo. Esta é a razão pelo qual eu gosto tanto de filmes diferentes, músicas variadas, livros eternos e seriados diversos.
No mais, hoje fico por aqui, aguardando pelas experiências edificantes, perturbadoras e acolhedoras que continuarão a me ajudar a pensar minhas ações e aspirações.
Espero que tenha provocado boas reflexões aí do teu lado da tela.
Bom próximo passo a todos!

Ribeirão Preto, 21 de fevereiro de 2018.

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